A fortuna
É algo
Talvez bom,
Depende
De quem a tem
De quem a quer.
A fortuna
É muito má,
É muito sábia
Com quem a quer,
Com quem a tem,
Com quem desejará
Aos mil que dá,
Aos mil que dá,
Aos mil que sobrará,
Vejais tantos,
Terais tantos,
E enjoará.
Convivo este,
Rejeito este,
Dou-lhe consigo
A fortuna,
Que é muito má,
Traz só tristeza.
Aos pobres,
Maus vos que vê,
Má piedade
Que não chegais,
Nunca verás,
A fortuna.
Resplandecer,
Gaguejarei,
Mas o humilhará,
Sem que o tenhais,
A fortuna,
Não matarás,
Pois o amor cerca,
É tão forte,
É tão forte,
É o orgulho.
Com este em mim,
Terás seu fim,
Verás um novo mundo.
E cá o mato,
E cá o trato,
E cá o quero, enfim.
Pois o melhor,
Que vos tenhais,
A fortuna é quem dá.
Lucas L. Gonzalez, 2011