segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A fortuna


A fortuna
É algo
Talvez bom,
Depende
De quem a tem
De quem a quer.

A fortuna
É muito má,
É muito sábia
Com quem a quer,
Com quem a tem,
Com quem desejará

Aos mil que dá,
Aos mil que dá,
Aos mil que sobrará,
Vejais tantos,
Terais tantos,
E enjoará.

Convivo este,
Rejeito este,
Dou-lhe consigo
A fortuna,
Que é muito má,
Traz só tristeza.

Aos pobres,
Maus vos que vê,
Má piedade
Que não chegais,
Nunca verás,
A fortuna.

Resplandecer,
Gaguejarei,
Mas o humilhará,
Sem que o tenhais,
A fortuna,
Não matarás,
Pois o amor cerca,
É tão forte,
É tão forte,
É o orgulho.

Com este em mim,
Terás seu fim,
Verás um novo mundo.

E cá o mato,
E cá o trato,
E cá o quero, enfim.

Pois o melhor,
Que vos tenhais,
A fortuna é quem dá.
Lucas L. Gonzalez, 2011

Homenagem à 8ªB, do CE sesi-074 de 2011





E como podeis ver,
o fundamental passou.
Um novo horizonte se forma,
mas o que acabou, marcou.


Foram tantos anos juntos,
que essa amizade, ao que vos se apega,
tornou-se eterna,
digna de tamanha platéia.


O amor que se forma,
é um laço inquebrável.
O laço formado,
é um amor incalculável.


Não há palavras suficientes,
para complementar o que vos resta.
Mas o que resta, ora essa?!
Faltam saudades, é o que vos espera.


E que momentos bons e ruins,
todos passam, são inconduzíveis.
Mas com esses aqui,
vivi os inesquecíveis.
Lucas L. Gonzalez, 2011 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Fiz-me ver para ver-me crer.


Fora de mim, olho-me só. Comigo enfim, penso-me unido.
Vigiava-me cavalgando, com os olhos de vós e, descobri que fiz de mim um ente severo.
 Via-me numa canoa, agora já distante da terra e, fiz-me um pedido; que me tomasse a pulsação e, que matasse-me de vez em só.
Via-me morto, com os pulmões gritando-me por socorro, afogados. Subia os olhares e a via ajudando-me.
A fuga não correspondeu meus desejos. Minha amada foi astúcia e, desempenhou-se numa corrida à cavalo, onde me alcançou.
Olhava-me agora coberto num lençol escuro de fina estampa. A olhei olhar-me e sorri ao seu sorriso. Detive-me dizer algo. Denunciei-a aos céus, mas fui renegado.
Cambaleou e me trouxe à casa de mamãe. Surrei-lhe um beijo indesejável e nada comentei da quase-bela tarde que presenciei de mim á mim, por fora e dentro.
Corri-lhe informar sobre a má vida que me corria, mas esticou-me os braços e nada mais disse. Somente fez-me crer que Deus é mais, e a fiz crer que creio.
Vi-me olhar-lhe torto, campus então este texto. 

Lucas L. Gonzalez, 2011

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O casal proibido de amar.

-Então juras que me trará o céu?
-Nada juro. Contudo, tu sabes quem me governa. Devo à ele minha reencarnação. Posso pedi-lo que lhe faça o mesmo.
 -Não! Nunca! Jura solenemente me buscar o céu?
-Quando eu morrer, minha amada, não terei a mente que tenho. Para sempre nunca existir. Esse é o lema dele perante à mim, há décadas, desde o atentado de séculos.
-Enquanto à mim? Quer que eu sofra a dor que sofres?
-Não quero nada, meus sentimentos são poucos; o de dor, pena e perda. Nada posso para com ele.
-E para comigo? Sei que sabes o caminho curto para o céu. Leve-me, que juro me entregar ao seu peito.
-Meu peito? De nada vale, meu anjo. É melhor deixar o destino fluir de si para si, contigo enfim.
-Eu não valo nada para você?
-Não faça essas perguntas, sabes que te amo.
-PROVE! Traga-me o céu.
-Eu queria, mas a dor em mim é plena, forte e severa. À mim pertencerá eternamente. É um erro grande amá-la.
-Ao menos diga-me então o caminho.
-Siga em frente. Nunca vire, ou olhe para os lados, seja o que for, me entende?
-Sim, e então? A trilha é tão tortuosa de tal maneira?
-Muito mais do que sabes pensar sobre. Desejo-te sorte. Mas também desejo nunca mais vê-la, minha amada.
Lucas L. Gonzalez
05/08/2011

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Amá-lo é pecar

Era noite, como todas as vezes e, lá estava ele, num banco da pracinha isolada, o meu namorado. Tínhamos que nos encontrar às escuras para ninguém ver. Más será mesmo que ninguém viu, em quase 2 anos? Pois é, logo fará 2 anos que namoramos. Ele chamava-me:
 -Amor, vem aqui. Estou com saudades.
 Deixara que me beijasse, más naquela noite não quis nada além de beijinhos. Queria conversar com ele.
 -Olha, também estou com saudades, como sempre. Más precisamos conversar, o assunto é aquele...
 -Imaginei. Você sempre tocando nesse assunto!
 Ele mostra uma cara de quem já se cansou de ouvir a mesma coisa.
 Peguei nas mãos quentes dele, olhei em seus olhos e disse:
-Vamos fugir!
 Senti um cala-frio. O que será que ele iria me responder? Aguardei.
 -Já disse que não dá! Ainda não fiz 18, não tenho dinheiro, tenho faculdade aqui, meus parentes, amigos...
 -Amor, pense bem! Se formos para o interior, poderemos viver em paz. Juntos!
 -Eu sei. Lá no interior estaremos livres desse povo que vive para nos xingar, bater, zoar, inventar piadinhas...
 Senti que ele ia chorar. O abracei forte. Ele devolveu o carinho e chorou nos meus ombros. Então sem perceber, já corriam as lágrimas em minha face. Por que o destino nos deu essa vida tão sofrida? Eu disse:
 -Como eu queria que um político sofresse o que sofremos. Assim veriam com clareza a importância dessa nova lei.
 -Deixa isso pra lá! Já decidimos que não vamos nos casar mesmo. – ele disse enxugando as lágrimas – Eu só queria que não existisse o preconceito nas pessoas. Queria que elas vivessem a vida delas, e deixassem enfim, eu viver a minha, como Deus me deu.
 Eu olhei para ele e o fiz seguir meu olhar para a lua cheia.
 -Ah! Como eu queria ter os olhos de vós para corrigir cada passo meu. Assim, eu seria perfeito né? Más não, ninguém é perfeito. A vida não é perfeita.
 Ao lado dele, me sentia mais forte. Eu não era o único! Podia lutar pela minha felicidade. Nós dois! Nós dois... Juntos, juntos.
Lucas Lima Gonzalez. 2011, 26 de Maio

terça-feira, 17 de maio de 2011

"Droga de miséria" - 1

"-Será que um dia minha vida vai melhorar? Já não sei se choro ou digo 'danem-se todos!'. Só sei de uma coisa, daqui só tem a melhorar..." 
  Capítulo um
 Ariel tem 14 anos. Mora numa casa, melhor dizendo : numa barraca gigante toda emendada com madeira velha, que sua mãe Carlota achara na rua. Más se arrependeu, pois seria melhor ter emendado com plástico, já que achava mais bonito. 
 Seus irmãos são todos mais novos que ela. Ariel cuida deles enquanto a mãe trabalha de faxineira num cortiço que já é velho. São eles os mesmos: João, de 4 anos; Maria, de 6 anos; Josué, de 8 anos; Clara, de 10 anos; Antonieta e Rafael, gêmeos de 12 anos. Antonio, morreu há 3 anos. Essa falta do pai fez a família cair ainda mais pro fundo do poço. Carlota só achou emprego no cortiço por indicação de um parente distante que está agora numa boa. 
 Ariel estudava de tardezinha, para pegar a merenda com os irmãos mais novos. Más agora com o falecimento do pai, tinha que estudar de noite... 
Certo dia, Carlota após receber um pagamento faz as compras do mês e o jantar é servido. Não teve como evitar a gula. Os pequenos foram os que mais comeram. Arroz, feijão e carne moída. Tudo esquentado numa fogueira improvisada na esquina perto da barraca. Mau comera já estava indo para a escola a Ariel. Sonha em ser famosa e dar uma mansão à famíla. Nada discreto, queria tudo do bom e do melhor. "CHEGA DE MISÉRIA" - pensava, más há um porém... "você pode se desviar da miséria, más ela te acha um dia e você cai de novo no mesmo poço". 
 
 Fim do primeiro capítulo. No próximo, a família de Ariel terá surpresas... Uma visita desagradável trará pânico pra a vida deles. Aguarde.