sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O casal proibido de amar.

-Então juras que me trará o céu?
-Nada juro. Contudo, tu sabes quem me governa. Devo à ele minha reencarnação. Posso pedi-lo que lhe faça o mesmo.
 -Não! Nunca! Jura solenemente me buscar o céu?
-Quando eu morrer, minha amada, não terei a mente que tenho. Para sempre nunca existir. Esse é o lema dele perante à mim, há décadas, desde o atentado de séculos.
-Enquanto à mim? Quer que eu sofra a dor que sofres?
-Não quero nada, meus sentimentos são poucos; o de dor, pena e perda. Nada posso para com ele.
-E para comigo? Sei que sabes o caminho curto para o céu. Leve-me, que juro me entregar ao seu peito.
-Meu peito? De nada vale, meu anjo. É melhor deixar o destino fluir de si para si, contigo enfim.
-Eu não valo nada para você?
-Não faça essas perguntas, sabes que te amo.
-PROVE! Traga-me o céu.
-Eu queria, mas a dor em mim é plena, forte e severa. À mim pertencerá eternamente. É um erro grande amá-la.
-Ao menos diga-me então o caminho.
-Siga em frente. Nunca vire, ou olhe para os lados, seja o que for, me entende?
-Sim, e então? A trilha é tão tortuosa de tal maneira?
-Muito mais do que sabes pensar sobre. Desejo-te sorte. Mas também desejo nunca mais vê-la, minha amada.
Lucas L. Gonzalez
05/08/2011

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