quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Fiz-me ver para ver-me crer.


Fora de mim, olho-me só. Comigo enfim, penso-me unido.
Vigiava-me cavalgando, com os olhos de vós e, descobri que fiz de mim um ente severo.
 Via-me numa canoa, agora já distante da terra e, fiz-me um pedido; que me tomasse a pulsação e, que matasse-me de vez em só.
Via-me morto, com os pulmões gritando-me por socorro, afogados. Subia os olhares e a via ajudando-me.
A fuga não correspondeu meus desejos. Minha amada foi astúcia e, desempenhou-se numa corrida à cavalo, onde me alcançou.
Olhava-me agora coberto num lençol escuro de fina estampa. A olhei olhar-me e sorri ao seu sorriso. Detive-me dizer algo. Denunciei-a aos céus, mas fui renegado.
Cambaleou e me trouxe à casa de mamãe. Surrei-lhe um beijo indesejável e nada comentei da quase-bela tarde que presenciei de mim á mim, por fora e dentro.
Corri-lhe informar sobre a má vida que me corria, mas esticou-me os braços e nada mais disse. Somente fez-me crer que Deus é mais, e a fiz crer que creio.
Vi-me olhar-lhe torto, campus então este texto. 

Lucas L. Gonzalez, 2011

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