quinta-feira, 28 de abril de 2011

A balança

Sempre quando meu pai briga comigo, vou na balança que tio Antônio arrumara entre duas árvores. Fico pensando, aproveito para me balançar e dormir logo em seguida, com uma corda que não me deixaria cair nem tendo pesadelos que fazem nosso corpo se balançar todo, pois se caísse, iria me molhar todo, numa poça d'água que tinha debaixo da balança.
 Uma vez quando levei uma bronca daquelas, saí correndo chorando à caminho da balança, más ao chegar no lugar onde estava a balança, encontro ela molhada, pois tinha chovido muito forte, assim não pude nem pensar, nem me balançar, nem dormir. Também, choveu o mês todo! Era 5 dias de chuva e um que aparecia um pouco o sol e depois chovia, só não chovia de noite.
 Assim, ao anoitecer, parou de chover, e fui me balançar para me acalmar. Depois de um tempo, minha mãe me chama para arrumar meu material para a aula de amanhã cedo, logo depois fui dormir.
 No dia seguinte ao voltar da escola, as duas árvores que apoiavam a balança, são cortadas, pois meu pai pretendia fazer daquele espaço, um local para festas, pois fazíamos muitas festas para reunir a família, e nunca tinha um bom espaço para isso.
 Fiquei muito triste, pois aquela balança era uma grande amiga para mim. Uma amiga perdida. Que tristeza! Que solidão! Não parava de chorar.
                (Lucas Lima Gonzalez, "A balança", 2009)

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